Compulsivo
O cheiro de cigarros no quarto era insuportável fazendo a convivência ali ser quase impossível.
Seringas usadas, agulhas sujas e restos das substancias que a mantinha ainda viva estavam espalhadas pelo chão, encima da mesa do computador e pelas almofadas. As garrafas de bebidas eram seu cobertor e seu colchão naquela cama, a musica estridente invadia a alma tornando ela cada vez mais vulnerável e mórbida.
Ali estava ela, jogada encima da cama, seus braços marcados pelo tempo, manchas roxas invadiam sua coxas, a maquiagem borrada pelas lagrimas, a boca vermelha pelo batom da noite anterior. Seu corpo repousava sobre aquele mar de sujeiras, vômitos e fluido que ela liberava em cada repulsa... Espasmos do seu corpo.
O choro era constante e a morte invadia seu corpo, Ela tenta se levantar sem sucesso seu corpo já não respondia. A pele branca, lisa, macia e aquela lingerie preta, remetia como era seu poder e quão era sua opulência.
Mas naquele momento nada mais era como antes, suas pupilas dilatavam, as lagrimas negras que descia sobre a cama. Já não tinha vida. Era dor, angustia e uma vontade insaciável de sentir mais daquilo.
Ela reluta novamente em levantar... Cai sobre o tapete e seus belos cabelos negros tampam seu rosto, de uma forma sobre-humana ela vai até a gaveta pega mais um daquele doce e suave elixir.
Sem muito prezar ou sentir a agulha perfura sua pele, as lagrimas escorrem sobre seu rosto e as mordidas sobre seus lábios estampam a dor que ali ela sentiu, o sangue vermelho pálido e sem vida que sai do seu braço, da espaço para o liquido amarelado e apático da seringa.
Ela se encolhe ali no canto escuro do quarto, seus cabelos cobrem seu rosto, mas é possível ouvir os soluços cortantes que sai daquele ser, seu corpo treme e se comprime, e em cada vea de seu corpo ela pode sentir o “liquido do prazer” passar.
A música aumenta torturante e sinuosa, as luzes se apagam, a solidão toma conta de sua alma, mais lagrimas negras caem sobre suas pernas e as mordidas se tornam tão intensas que o sabor adocicado do seu sangue ela consegue sentir.
Tudo parece parar, a musica fica lenta e sem sentido, ela respira fundo e se deixa levar...
Seringas usadas, agulhas sujas e restos das substancias que a mantinha ainda viva estavam espalhadas pelo chão, encima da mesa do computador e pelas almofadas. As garrafas de bebidas eram seu cobertor e seu colchão naquela cama, a musica estridente invadia a alma tornando ela cada vez mais vulnerável e mórbida.
Ali estava ela, jogada encima da cama, seus braços marcados pelo tempo, manchas roxas invadiam sua coxas, a maquiagem borrada pelas lagrimas, a boca vermelha pelo batom da noite anterior. Seu corpo repousava sobre aquele mar de sujeiras, vômitos e fluido que ela liberava em cada repulsa... Espasmos do seu corpo.
O choro era constante e a morte invadia seu corpo, Ela tenta se levantar sem sucesso seu corpo já não respondia. A pele branca, lisa, macia e aquela lingerie preta, remetia como era seu poder e quão era sua opulência.
Mas naquele momento nada mais era como antes, suas pupilas dilatavam, as lagrimas negras que descia sobre a cama. Já não tinha vida. Era dor, angustia e uma vontade insaciável de sentir mais daquilo.
Ela reluta novamente em levantar... Cai sobre o tapete e seus belos cabelos negros tampam seu rosto, de uma forma sobre-humana ela vai até a gaveta pega mais um daquele doce e suave elixir.
Sem muito prezar ou sentir a agulha perfura sua pele, as lagrimas escorrem sobre seu rosto e as mordidas sobre seus lábios estampam a dor que ali ela sentiu, o sangue vermelho pálido e sem vida que sai do seu braço, da espaço para o liquido amarelado e apático da seringa.
Ela se encolhe ali no canto escuro do quarto, seus cabelos cobrem seu rosto, mas é possível ouvir os soluços cortantes que sai daquele ser, seu corpo treme e se comprime, e em cada vea de seu corpo ela pode sentir o “liquido do prazer” passar.
A música aumenta torturante e sinuosa, as luzes se apagam, a solidão toma conta de sua alma, mais lagrimas negras caem sobre suas pernas e as mordidas se tornam tão intensas que o sabor adocicado do seu sangue ela consegue sentir.
Tudo parece parar, a musica fica lenta e sem sentido, ela respira fundo e se deixa levar...
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[Ouça ao som da musica blues veins - The Raconteurs]
link para baixar a musica:
10 Blue Veins.mp3
12 comentários:
POsso dizer que me arrepiei?
Perfeito como sempre e digno de louvores! texto fantástico.
Bjim!
medo
Olha Fantastico
bem sombrio
de arrepiar msm!
Woww
arrepiooo total kra...
Bem escrito!
Mundo P-O-P - O Seu Mundo da Música!
________________________
http://mundop-o-p.blogspot.com
Coitada dessa pessoa... e isso é mais real do que se pensa!
Profundo, profundo...
abraços!
http://rosas-inglesas.blogspot.com
bah
q forte isso
bem louco
mas eu gostei
http://terradafenix.blogspot.com/
Me lembrou Trainspotting!
[]'s
Musikaholic
Meu amigo, só tenho a lhe dizer: parabéns.
Excelente texto, bem sombrio e chocante. Como falou o Paulo aí em cima: de arrepiar.
Seu vc um dia se tornar escritor, me avisa que eu quero comprar hein?
abção e fique com Deus.
_______________________
Visita o meu? http://horateologica.blogspot.com/
Você retratou muito bem em seu texto o que muitos vivem. Parabéns pelo texto!
http://maynabuco.blogspot.com
Ei, acabo de ler teu comentário em meu blog.
Obrigada.
Tbém gostei de seu último post.
Me conte mais.
Eu posso criar um banner pra vc postar como link e te coloco nos meus preferidos.
Até
Molly
nossa q doideira de texto cara..
me borrei todo..
ahusdhsa
falanu serio agora...
parabens pelo texto..muito bem escrito..
sucesso...
http://rindonanet.blogspot.com/
Hey cara, acho que já definiram bem. O texto profundo pra caralho...
Escrever umas coisas assim é bacana, qdo sai umas coisas assim vc fica lambendo a cria, rs, lendo e relendo.
Sensacional crônica essa
Abraço
http://www.falandoprasparedes.blogspot.com/
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